26 de set. de 2011

Um pedaço de mim fora do meu corpo.


Daqui à dois dias, dois meses ou dois anos, seu coração vai fechar,
você sentirá suas pernas fracas e seu corpo dolorido.
Vai precisar de alguém. Nesta hora você não estará sozinho.
Pode discar meu número e me pedir pra correr te dar um abraço. E eu irei.
Te colocarei no meu colo, acariciarei sua pele e te direi coisas confortáveis.
Você vai me agradecer com um sorriso lindo e promessas de amizade eterna.
Durante um bom tempo você vai se lembrar do que fiz por você.
Mas no momento em que aquela coisa que te fez sofrer daquele jeito vir
lhe pedir desculpas e dizer tudo o que você mais queria ouvir, você vai esquecer
de tudo o que fiz, e o máximo que me dará será um sorriso de canto,
com os passos apertados e apressados. Você já não vai mais precisar de mim.
Mas quer saber de uma coisa?!
Isso não me fará lhe odiar ou lhe xingar por tamanha ingratidão cometida.
Quando passar te sorrirei abertamente e sinceramente, sabe porque?
Porque o amor que sinto por você não é um amor que necessita de algo em troca.
Eu te amo. Até precisaria do seu amor, mas se não é possível,
esperarei mais uma dor tua, para te ter em meus braços denovo.
Eu vou cuidar de você, sempre!

15 de set. de 2011

De olhos entre abertos.


‎Tenho urgência de aparar arestas.
Não sei conviver com rescaldos de desentendimentos nem sobras de rancor.
Meu coração é terra fértil para o amor e suas sementes, não é campo minado.
Seu tecido elástico recusa alargar-se com mágoas...


Aíla Sampaio

‎Falando sério, tenho andado bastante sozinho, sobretudo ultimamente. É um tempo de agitações, de ímpetos de impaciência, ansiedade e mau humor. Contando com a resolução das coisas, que chegue logo um futuro que sei que virá, sabendo que nada mais depende de alguma ação minha. Só da minha habilidade em esperar. E isso me lembra que não há mais com quem contar, além do tempo. Que ando meio sozinho e assim eu quis, de certa forma.


Gabito Nunes.