25 de nov. de 2011

Lances da vida.


A gente sempre confundi as relações da vida.
E despeja sobre a vida dos outros, tantos sorrisos e amores.
O mais engraçado disso tudo é que você deixa isso acontecer
tão involuntariamente que perde o controle da situação e chega até a esperar
que o fadback seja pelo menos um terço do que você doou.
Acaba por acreditar que seria impossível uma pessoa não reconhecer
e não sentir esse imenso apreço para com ela. (Sim! É possível)
E quando percebemos, terminamos no afago da realidade interpessoal.

23 de nov. de 2011

Te guardo com leveza.


"É na humildade dos tempos de conversas, da convivência que criavámos sem nos apertarmos, do tempo que nos disponibilizavamos sem que pra isso precisasse ter todo um preparo mental, era leve. Sobrenatural. O que eu gostava mesmo era disso, tudo na base do improviso. Por isso eu te guardo. Pois é a simplicidade que alegra a minha vida."

16 de nov. de 2011

"In"certeza.


Claro! Agora eu tenho a certeza que é da incerteza que esse encanto nasceu.
E sabemos conduzi-lo muito bem.
Veja só que engraçado; passo tanto tempo pensando onde queríamos chegar com tanto ardor entre nós dois, tive a resposta numa noite dessas enquanto passávamos juntos as últimas horas do dia. Percebi que gosto dessa incerteza que me passa ao desviar seus olhos de mim, não querendo demonstrar sentimento e logo em seguida pega minha mão e me faz te abraçar, querendo me sentir em você. E aquelas preocupações que você têm e que as deixa escapar dentro da conversa vazia que temos vez em'quando. E as minhas manias de odiar todas as suas outras amigas por medo de acontecer com elas a mesma coisa que acontece entre a gente. Meu jeito de afastar você de mim e querer te esnobar que nunca funcionam, porque sempre achamos um jeito de precisar um do outro e tomamos todos os outros caminhos à volta. Porque é uma volta; toda vez que penso em te "perder" volto a pensar e acabo sempre achando que ainda não está na hora, afinal, nossa amizade não há defeitos. Tantas horas passei me perguntando e reperguntando. E assim, de repente, me veio a resposta... Gostamos mesmo é de nos gostarmos sem saber que gostamos, pra no final, nos gostarmos ainda mais.

15 de nov. de 2011

Tem dias...


"Tem dia que a gente põe virgula,
tem dia que colocamos reticências,
tem dia que colocamos ponto final e
tem dia que temos a necessidade de virar a página."

9 de nov. de 2011

Não!


Cansei! Vou dizer todas as verdades que venho tentando esconder por trás de sorrisos. É, cansei! Todo mundo cansa de superficialidade. Estou conseguindo aos poucos me libertar de sentimentos e pessoas superficiais. Na verdade ainda não estou conseguindo não, porém estou com o pensamento positivo. Quero me desprender de paixões não mútuas, de amizades por necessidade, de coisas forçadas, de situações mal resolvidas, de mentiras. Virei figurante da minha própria história e tenho ganhado um cachê um tanto barato para tamanho esforço que tenho feito ao dedicar-me demais. Sem mais, preciso protagonizar minha vida. Saber aproveitar os detalhes e as pessoas que realmente se importam com minha aparição no mundo. Afinal, quando se gosta de uma pessoa o que a gente quer que mais aconteça é que ela brilhe, não é verdade? Então cansei! Cansei de quem só quer brilhar, de egoísmo.

Acabou! Não vou mais sorrir se não estiver afim, não vou mais tratar com cordialidade quem me tratar com irrelevância, não vou mais procurar quem não me procura, não vou ter tempo pra ser segunda opção, nem pra "amigo", nem pra amante. Que fique esclarecido, babys.

4 de nov. de 2011

Não me dou à despedida.

"Nunca parto inteiramente,
Não me dou à despedida
As águas vão simplesmente
Presas à sua nascente
É do seu modo de vida

Fica sempre qualquer coisa

Qualquer coisa por fazer
Às vezes quase lamento
Mas são coisas que eu invento
Com medo de te perder

Deixei um livro marcado

E um vaso de alecrim
Abri o meu cortinado
Fiz a cama de lavado
Para te lembrares de mim

Nunca parto inteiramente

Vivo de duas vontades:
Uma que vai na corrente,
A outra presa à nascente
Fica para ter saudades"

Manuel Paulo.

Casas habitadas.


A gente erra, aprende, mas esquece.
Inúmeras vezes insistimos no mesmo erro.
Inúmeras vezes entramos num recinto de tantas bagunças.
E por lá a gente fica. Chegamos até acreditar que poderíamos
movimentas alguns móveis ou jogá-los fora. Mas esquecemos
que a maioria das casas a decoração é embutida. E às vezes com móveis
velhos. Porém os inquilinos apegam-se demais com esses,
que por vezes são cheios de cupins a ponto de desfazerem sua moradia.
E eles tanto quanto nós, insistem no erro e deixam que pequenos
incetos, aparentemente indefesos, destruam seus tetos e seus chãos.
E mesmo assim, no meio de toda essa balbúrdia ficamos,
e insistimos, e sonhamos.
E mais uma vez, como todas as outras vezes, não concluímos as nossas
vontades de transformar e talvez trazer mais alegria à essa casa.
Exatamente por essa mania do ser humano de que temos
que guardar coisas velhas nos estados em que estão.
(Ou recicla ou doe para que possam reciclar.)

30 de out. de 2011

Primeiro a aprendizagem.

Mas só poderei me aproximar dos outros depois que começar
a desvendar a mim mesmo. Antes de estender os braços,
preciso saber o que há dentro desses braços,
por que não quero dar somente o vazio.
Também não quero meu buscar nos outros,
me amoldar ao que eles pensam,
e no fim não saber distinguir o pensar deles do meu.


Caio Fernando.

19 de out. de 2011

Difícil de se ver.


"Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredon lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito.
A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?"

- Tati Bernardi.

18 de out. de 2011

Retiradas.


"Quando estiver com um sapato folgado e uma pedrinha cair dentro dele
incomodando os seus passos. Mesmo que esteja com pressa, pare, retire o sapato
e remova a pedrinha. Observe-a bem, pode ser que aquela pedrinha caiba bem junto aquela sua coleção de coisas que só você entende. Caso contrário, se não houver interesse de sua parte, jogue-a novamente no lugar de onde veio, não no canto, jogue-a b...em na passagem. - É na passagem que descobrimos nosso rumo! - Ela pode continuar incomodando outras pessoas com seus sapatos folgados, pode também afundar por terra ou quem sabe ajudar a construir o sonho de alguém na construção de uma casa nova.
O importante é retirarmos tudo que nos incomoda e coloca-los nos seus devidos lugares. Às vezes a gente pode até escolher o lugar que ficará, mas muitas das vezes a tal coisa tem destino próprio que não nos inclui. Foi só a passagem!"