4 de jun. de 2011

É burrice adiar amor.


Tinha tudo que precisava. Mas neguei tudo que necessitava.
Zombava, achava engraçado e até desfazia de tudo que me faltava.
Precisava. E precisava tanto, que só nos dias de mais solidão procurava.
E o mais cómico de tudo e que sempre estava lá...
De braços, peito e coração aberto. Eu até ameaçava entrar, mas dava sempre
um passo pra trás. Achava que tudo que eu precisava era pouco, pra minha morada.
E agora, sabe o que eu tenho? A falta de tudo que eu precisava, melhor, preciso.
Foi então que eu descobri que as portas trancam. Os ventos sopram outros ares.
As estações mudam. Os amores cansam.
E eu deixei que cansasse, por egoísmo. E sabe o que eu ganhei desse meu egoísmo?!
Aquela solidão que agora não será mais suprida. Pois o outro precisa preencher seu ressinto.

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