6 de jan. de 2011

Quem sabe?


Você pode, da mesma forma que eu, chorar escondido.
Ou procurar cartas antigas que lhe envie, reler uma por uma.
Assim como faço com as suas.
Quando deita sua cabeça no travesseiro tem convicção de que perdemos boas chances.
E que de repente os passos que deixamos pelo caminho tenham se desfeitos,
e que o mapa foi rasgado no penúltimo desentendimento que tivemos,
sendo assim, quase impossível voltar.
O tempo está passando, anos já se foram, lembranças escaparam da memória.
Ou ainda permaneçam no mesmo cantinho, intocável.
O silêncio que habita no espaço entre nossos dois corpos,
pode não ser o mesmo que habita entre nossas almas.
Sei que se pegar no telefone pensando em me ligar, inevitavelmente seu coração vai gritar.
Assim como minhas pernas querem correr sozinhas
para percorrer o caminho em direção a sua casa.
De repente, no próximo verão possamos estar juntos,
longe do calor em meio a neve da Suíssa, ou qualquer outro lugar.
Algum lugar possamos provar que só nosso calor é suficiente para nos aquecer.
Mas, se tudo que eu penso que fazes, você a caso não fizer.
Lembre-se dos bons tempos passados, os que passamos juntos,
porque foram essenciais na minha vida.
E se for assim, deixo meu adeus. E dessa vez, será um adeus diferente dos outros.

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